terça-feira, 1 de setembro de 2009

Compostagem caseira, uma atitude sustentável

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Segundo o artigo Nº 225 do capitulo 6 da constituição brasileira, “Todo homem tem o direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado e conseqüentemente o dever de zelar por ele”.

O lixo urbano doméstico vem sendo cada vez mais motivo de preocupação, por meio não só de estudiosos e ambientalistas, mas também de parte da população como um todo, população esta, que vem se mostrando cada vez mais interessada por assuntos relacionados ao meio ambiente.


Acho um tanto quanto estranho falar que este interesse só vem surgindo agora, mas se pararmos para pensar, só começamos a mudar nossa visão sobre as coisas, quando esta começa a afetar nossa vida, e vejo que é isto que acontece também com o meio ambiente, o homem só começou a se mostrar interessado em cuidar do mesmo, quando os efeitos causados devido a sua degradação começaram a afetar nossas vidas.


Já que estamos na fase de mudanças, na fase do repensar e na fase do fazer alguma coisa, por que não começarmos mudando dentro de nossa própria casa?

O que fazemos com todo resíduo vegetal que não consumimos em nossas refeições? Jogamos fora!. E muitas vezes sem nenhuma separação com outros materiais que poderiam vir a serem reciclados.


Que tal ao invés disso utilizar estes restos vegetais para adubar nossos quintais e para quem mora em apartamentos adubar os vasos de flores?!


A compostagem é uma técnica milenar, sendo empregada há mais de 2000 anos na China. Trata-se da transformação de resíduos orgânicos em fertilizantes para o solo, nada diferente do que podemos observar claramente na natureza, ou seja, por exemplo: as folhas que caem das árvores em pouco tempo já estão incorporadas a ele. Estas por ação de microorganismos irão se degradar, servindo não apenas como alimento para os mesmos, mas principalmente todos os seus nutrientes irão auxiliar no crescimento de novas plantas, e isso prova basicamente o que diz a famosa frase: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo de transforma”. (Antonio Lavoisier).


Por mais simples e barata que seja a técnica e os benefícios que esta vem a trazer para o solo assim também como a redução nos custos com fertilizantes industrializados para pequenos agricultores no Brasil de todo o lixo sólido orgânico gerado apenas 1,5% aproximadamente é reciclado.


O produto final da compostagem, sendo esta caseira ou não, é de extrema importância na adubação do solo, uma vez que é rica em sais minerais e vitaminas que auxiliaram na qualidade do solo a ser utilizado para plantio e também na adubação de vasos e hortas residenciais.

A compostagem é uma solução óbvia para o lixo orgânico, permitindo reduzir muito significativamente a quantidade de resíduos enviados para os aterros sanitários. Os resíduos orgânicos depositados em aterro sanitário são responsáveis pela formação de lixiviados e biogás, ou seja, pela maior parte da poluição inevitável em aterros e propagação de maus cheiros e proliferação de vetores de doenças como ratos e insetos. Além disso, não depositar em aterro a fração orgânica permite aumentar o tempo de vida deste para o dobro ou a construção de aterro com metade da capacidade.


Se cada residência, escola, cada instituição, além dos produtores rurais colaborarem com a destinação de todos os resíduos orgânicos de origem não animal, para a produção de compostos, sendo estes em grade ou pequena escala, diminuiremos em números significativos a emissão de gases nos aterros assim como estaremos colaborando diretamente para com a fertilidade de nosso solo e a manter hortas caseiras e escolares de uma forma barata e simples.


“Temos que reeducar nosso olhar diante dos objetos, diante dos recursos, diante da nossa vida”, por Leonardo Boff no documentário “O fazedor de montanhas”


Informações sobre o documentário : http://www.fazedordemontanhas.com.br/pelodiretor.html

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